A Frente Trabalhista, que tem como carro-chefe o PDT e o PSB, divulgou um vídeo em que apresenta Marcelo Bisogno como pré-candidato a prefeito. Ainda que a frente siga no impasse de não definir quem será o cabeça de chapa - se será Bisogno ou Fabiano Pereira -, ao que tudo indica, agora, essa dúvida foi sanada. O vereador mais votado da história de Santa Maria parece que assumiu o protagonismo na coligação que ainda tem o apoio dos pequenos PCdoB, PV e Rede.
Leia mais colunas de Marcelo Martins
Na semana passada, o alto clero dos pedetistas e dos socialistas esteve reunido, na capital gaúcha, para selar que haverá apoio financeiro à pré-candidatura dos dois. O vídeo veiculado ao colocar Marcelo Bisogno como o cabeça da chapa dá um indício real de que a questão está superada. Espera-se, ainda nos próximos dias, o comunicado oficial que dirá a quem caberá ser o cabeça da chapa e, por tabela, o vice.
DESAFIOS COLOCADOS
No vídeo, de 1 minuto, que foi gravado na gare da estação férrea, Bisogno fala dos desafios que aguardam o próximo gestor em 2021:
- A partir de 2021, teremos um grande desafio. A crise financeira se agravou e ficou mais severa. A prefeitura já encaminhou, para a Câmara, o orçamento (do próximo ano) com uma redução de R$ 200 milhões. Logo, ali na frente, teremos de pagar um empréstimo feito para a infraestrutura de R$ 78 milhões.
Ele mostra, se eleito, como atuará:
- Como administrar e cuidar dos distritos e da área urbana sem aumentar impostos? Em primeiro lugar, cuidar das empresas. Não criar trincheiras, termos modernidade, austeridade. Sermos parceiros de quem quer empreender e investir.
ALIÁS...
Bisogno diz que a prefeitura terá de pagar um empréstimo de R$ 78 milhões, o que não é verdade. O Executivo obteve empréstimo de R$ 28 milhões junto ao Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), sendo que a prefeitura usou R$ 20,7 milhões ao recuperar mais de 50 vias.
Bisogno, ao que parece, confundiu-se com o Avançar Cidades, programa da União, que acabou não decolando. Nele, inicialmente, o governo Jorge Pozzobom (PSDB) pleiteava a liberação de R$ 50 milhões.
A administração municipal cumpriu todas as fases, porém, em meio à crise, a União congelou o acesso ao montante. Enfim, que o empréstimo a ser pago é de R$ 28 milhões.